11 de jun. de 2007

Sobre os protestos, as notícias divulgadas e as armas de cada lado.

Confesso que ler a notícia publicada pela RBS em seu site deixou-me com uma certa raiva. A parcialidade do jornalismo e a falta de verdade dos fatos, revelam como são as relações de poder nesta cidade. Não estou dizendo que em outras não seja assim, é que neste texto, estou me referindo especificamente à Florianópolis.

Todos os anos temos protestos contra o aumento da passagem de ônibus, e todos os anos, as questões que geram estes protestos continuam sem resposta. Por que pagar tão caro, por um serviço tão ruim? Por que a integração e o valor mais baixo da passagem só é válido para quem utiliza o cartão? Quem está lucrando com este cartão? Os protestos não são simplesmente para que não se aumente o valor da passagem e sim para que se tenha relações comerciais claras no que diz respeito a uma serviço básico ao cidadão. Não são protestos de estudantes para estudantes e sim de estudantes chamando a população para questionar sobre o destino do seu dinheiro. Este é o maior problema: a falta de apoio da população em geral (ou falta de interesse em discutir o assunto). Pelos comentários deixados no site da RBS em relação à notícias publicada, lia-se “estudantes vagabundos, baderneiros, violentos. Tem mais é que descer o cacete”. Percebe-se ainda que a ação da polícia reforça esta idéia, pois como poucos se interessam em conhecer a problemática em questão, o que se vê é tropa de choque e batalhão de operações especiais, baderna, ponte fechada.

Mesmo acompanhando os protestos há três anos, ainda não entendi porque praticamente toda a polícia é chamada para cercar estudantes em um protesto sem armas e legítimo. Pior ainda: enquanto boa parte do contingente policial está cercando estudantes, as favelas continuam sem policiamento, estupros continuam ocorrendo, assaltos à estabelecimentos comerciais e assassinatos seguem seu curso “normal”, porque a polícia não está nas ruas para proteger o cidadão. Está nas ruas para cercar estudantes e usar a força alegando que estes são violentos e estão armados (e novamente eu me pergunto, que armas? Livros de física e biologia?). A única conclusão a que chego é que esta foi a forma encontrada de desmoralizar o movimento e de praticar o habitual abuso de poder das autoridades, neste caso representadas pela polícia. Sim, por que agora a polícia militar persegue o movimento até na Universidade Federal (para quem não sabe, a UFSC é considerada área federal, e só a PF pode intervir ou a polícia do campus).

Os protestos vão continuar. A ação da polícia também. Só espero que a população passe a pensar de maneira mais crítica sobre o assunto. Não que todos tenham que concordar com o movimento ou as estratégias utilizadas pelo movimento. Mas pensar um pouco no “por que das coisas” não faz mal a ninguém.

3 de jun. de 2007

Nega Maluca da Mãe

Ingredientes

3 ovos

3/4 xic de óleo

1 xic 1/2 açúcar

1 xic 1/2 água fervente

3 xic de trigo

1 xic 1/2 achocolatado

1 colher 1/2 de fermento quimico (royal)


Modo de fazer

1) Misture os ovos, o óleo e o açúcar. Bata bem.

2)Adicione a água fervente

3)Adicione o trigo, o achocolatado

4)Adicione o fermento

1 de jun. de 2007

Policia e estudantes se enfrentam em manifestação na Capital

Bombas de efeito moral, de gás lacrimogênio, spray de pimenta e tiros de bala de borracha de um lado. De outro, pedras e rojões. O confronto da noite desta quinta-feira entre a Polícia Militar (PM) e manifestantes que protestaram, pelo quarto dia consecutivo, contra o aumento das tarifas de ônibus da Capital, resultou em quatro policiais e pelo menos dois civis feridos.

O enfrentamento começou por volta das 20h, quando a manifestação das cerca de 3, 5 mil pessoas - segundo a PM - se dirigia à Avenida Beira-Mar Norte. Na rua Altamiro Guimarães, nas proximidades do Shopping do Centro, a polícia impediu a passagem da multidão bloqueando com PMs e jogando duas bombas de efeito moral.

No mesmo local, ocorreu a primeira detenção, do estudante André Luiz Teixeira, 18 anos. A polícia informou que ele estava acendendo uma vela dentro de uma garrafa para jogar na PM, fato que contestou dizendo que só queria acender a vela para se manifestar.

Em seguida, impedidos de avançarem para a Beira-mar, concentraram-se em frente ao banco redondo. Aí, a polícia cercou a manifestação também pela Mauro Ramos e Vitor Konder. Nesse momento, começaram novas explosões de bombas, tiros de balas de borracha e pedradas.

Com a confusão, houve correria e os estudantes voltaram a se reunir em frente à Igreja Universal da Mauro Ramos. Lá, um ônibus e um ponto do transporte foram depredados.

Em seguida, tomaram a Avenida Hercílio Luz para retornar ao Ticen. A concentração dos manifestantes, em sua maioria estudante, teve início por volta das 17h, em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen).

Após fechar a Avenida Paulo Fontes no sentido bairro Beira-Mar, o grupo seguiu pela Praça XV, passando pelas principais ruas do Centro até chegar à Mauro Ramos.

– Nosso objetivo é apenas trazer o debate sobre os altos preços e a péssima qualidade do transporte urbano coletivo de Florianópolis, em um movimento pacífico – disse o diretor da União Catarinense dos Estudantes Secundaristas, Vitor Teixeira.

Mas o saldo não foi de passividade. Depois do confronto no banco redondo, um menor exibia um ferimento na barriga que disse ser conseqüência de uma bala de borracha atirada pela polícia.

A enfermeira Maria Inês Faria também saiu com a perna machucada e a calça rasgada. Um de seus filhos, saiu chorando, com o olho atingido por spray de pimenta.
MARIANA ORTIGA/DIÁRIO CATARINENSE

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Há muuuito o que comentar sobre o que está acontecendo na cidade e a ação da polícia frente ao movimento.Coloquei está notícia da RBS para não passar em branco enquanto eu não escrevo e tb para ficar bem claro o tipo de cobertura jornalística que está sendo feito em relação às manifestações.

If you are going to San Francisco (The Mamas and the Papas)





If you are going to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you are going to San Francisco
You are gonna meet some gentle people there

For those who come to San Francisco
Summertime will be a love-in there
In the streets of San Francisco
Gentle people with flowers in their hair

All across the nation such a strange vibration
People in motion
There is a whole generation with a new explanation
People in motion people in motion

For those who come to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there

If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there

Explicando....
Eu cantava esta música com a Mãe quando era criança. Nem precisa dizer o quanto era hilário e bom, as duas sem saber uma palavra em inglês. Só que eu nunca soube quem cantava a música, muito menos o nome dela. Vi um post no blog da Denize sobre cavalos marinhos e coisas de banheiro (tudo a ver) que tinha um link para o blog "Uma malla pelo mundo", e , finalmente, lá estava a musiquinha, em um post sobre a cidade de São Francisco (aliás muito bom para quem for para lá).
Bem, eu nunca fui a SF, mas sempre tive vontade só por causa da musica. Eita coisa riponga!