17 de set. de 2007

Mudanças Climáticas

Quer ter uma prévia de como será o mundo com todas as mudanças climáticas que estão ocorrendo:
veja no site do Greenpeace esta experiência

15 de set. de 2007

Meu dia de Maria Lenk às avessas


E lá fui eu com uma idéia fixa na cabeça:este semestre tudo vai mudar. Então, o que no mundo pode ser mais díficil para a Zoca do que qualquer matéria da faculdade, dividir a casa com outras 33 mulheres e tomar banho frio no inverno? Muito simples: natação. Eita esporte apavorante! Mas, como estava com a tal idéia fixa de que tudo vai mudar, pedi de presente de aniversario pra mãe a inscrição na natação da UFSC.
Inscrição paga, turma escolhida, fui para a primeira etapa do sacrifício: a compra do maiô. Existe coisa mais pavorosa do que um maiô? Aquele negócio é a coisa mais horrível do mundo!Como estava com pressa e com pouco dinheiro, as opções foram ainda piores. Prova um, prova outro, tudo medonho! E ainda tem revista de moda que diz que se vc não tem um corpo de top model vc deve usar maiô. Justamente o contrário. Esse tipo de editora nunca deve ter feito natação!
Já estava cansada de tanto prova-prova e tanto aperta-aperta (por que maio aperta pra caramba!), quando a vendedora sugere:
-Ah, eu tenho aqui um que é tipo um macacãozinho, e é o mesmo preço.
-Bah, mas é muito ridículo! Tem certeza que alguém usa isso?
-Claro. As clientes estavam reclamando porque estava em falta!
Provei o dito cujo macacãozinho. Mais ridículo ainda, parecia que eu ia nadar no Tiete no tempo que não era poluído. Porém, como quase tudo no mundo que é muito ridículo é muito confortável....
-Mas vc tem certeza que alguém usa isso na piscina?
-Claro moça, estou te dizendo!
Cheque para trinta dias, pagação de mico para o outro dia. Saí da loja com o tal macacãozinho preto com listras rosas. Aff!
Primeiro dia de aula. Cheguei antes para me ambientar com aquele ambiente apavorante de piscina. Procurei insistentemente alguem com o dito cujo macacãozinho também. Ninguém. Concluí que provavelmente a única pessoa de 22 anos que a vendedora conseguiu passar a história de que aquela maravilhosa peça era muito usada fui eu. Fazer o que, já foi. Roupa trocada, óculos, touca, chinelinho e a cara de susto da instrutora ao ver a minha linda peça. Respondi com a minha simpática cara de "tah olhando o que?", mas eu queria mesmo era voltar correndo para a loja.
Entrei na piscina, os mais alegres já saíram nadando e eu lá, agarrada na borda.Para piorar tinha uma senhora na raia do lado que não queria largar a borda de jeito nenhum de tanto medo (ela não sabia nadar nada). Vem a instrutora:
-Vcs sabem nadar?
-Não
-Ah, então tá (e vem com aqueles espaguetes ridííiículos!).
-Calma! Quer dizer, eu sei nadar, mas é que eu nadei dos 7 aos 10 anos de idade, então estou meio enferrujada e precisava relembrar algumas coisas relacionadas à tecnica. Ah, e EU TENHO BRONQUITE! (assim, com bastante enfase para se eu morrer na piscina ela não dizer que eu fui descoordenada!)
-Ok! (e me deu uma pranchinha: )
Por 40 ou 30 minutos, não sei bem, achei que ia precisar de resgate no meio daquela piscina. Mas sobrevivi. Voltei para o vestiário e descobri que realmente, várias pessoas usam o tal macacãozinho. Várias senhoras da terceira idade que estavam no seu horário de hidroginástica! Aff de novo!
Entretanto, depois desta estréia de king kong, com várias crises de falta de ar a achando que cada braçada seria a última da minha vida, eu continua fazendo as aulas sem faltar nenhuma. É bom. E o macacãozinho, bem é ridículo,mas debaixo d'água soh que faz diferença é o conforto mesmo.

ps: para saber sobre a Maria Lenk, nadadora de verdade, clique aqui

5 de set. de 2007

Porco-Aranha!



Com certeza vale o ingresso! Se vc gosta de Simpsons, claro.

4 de set. de 2007

O fim da (minha) ingenuidade ambiental, por Lucia Malla

Quando há alguns meses saiu o relatório definitivo do IPCC sobre a situação climática e ambiental do planeta na atualidade, eu imaginava que as palavras contidas naquele documento tivessem impacto indelével sobre as pessoas, governos e corporações. Afinal, pensei eu, sugeriu-se com aqueles resultados que o aquecimento poderia destruir boa parte da economia do mundo, fazendo sofrer principalmente os países mais pobres, sem estrutura para administrar as consequências climáticas sinistras pressupostas no documento. O Príncipe de Mônaco (!) parece que ouviu bastante, e um ou outro governante com certeza prestaram atenção, principalmente ao terem acesso a visualizações das consequências imediatas. Tudo levava a crer que aquele seria um momento divisor de águas.

Quanta ingenuidade minha. Falou-se por alguns dias sobre o tema na mídia (ah, o hype da notícia fresquinha!...), houve algumas reportagens incômodas nos jornais, revistas e TV, com cenas dignas de filme de catástrofe - que provavelmente apenas levaram os telespectadores a mudarem de canal para um programa de auditório mais "leve" (não os culpo, a vida de gado não tem sido fácil nesses dias marcados). Mas depois dos primeiros dias, o assunto meio que "morreu", e voltamos a prestar mais atenção ao escândalo político do dia (pelo menos, eu estava bem-acompanhada nessa constatação). E as pessoas decidiram retornar àquele estado de eterna negação e apatia tão típico de quem tem um enorme problema em mãos e não sabe como resolver. Freud deve explicar.
(Continue lendo aqui)