28 de mar. de 2007

Responsabilidade social é o maior dever do empresário


Responsabilidade social e o maior dever do empresário, diz estudo.

O principal papel do empresário na sociedade mudou. O investimento não é o que mais se espera atualmente. A palavra de ordem agora é responsabilidade social.
A conclusão é da pesquisa feita pelo Ipsos a pedido da Ciesp , chamada Indústria e empresário na opinião da sociedade, realizada com mil entrevistados em cerca de 70 municípios.
Em fevereiro do ano passado a responsabilidade social aparecia em segundo lugar, mencionada por 37% dos entrevistados, contra 40% que responderam que "investir no país é o principal papel do empresário".
Neste ano o papel de inverteu. A responsabilidade social foi citada por 40% das pessoas, como o principal papel e investir no país caiu para 33%.
Segundo Carlos Cavalcanti, economista-chefe do Ciesp, atualmente as pessoas esperam da indústria um maior papel de responsabilidade social porque associam o tema à idéia de preservação do meio ambiente. Como são comuns casos de envolvimento da indústria com impactos ambientais, é natural que ela seja cobrada por isso, segundo Cavalcanti.
Para ele, a queda do investir no país, como principal papel do empresário, pode estar relacionada ao PAC. Ele acredita que a repercussão que tem tido o PAC contribui para gerar nas pessoas a impressão de uma forte presença do Estado brasileiro como agente do investimento para o crescimento econômico, tirando parte do foco da iniciativa privada como propulsora deste investimento.
A pesquisa tb questionou quais são as características que melhor definem atualmente a indústria brasileira. Nas classes A e B, a resposta de que a indústria é vitima de tributos excessivos obteve 24%. Na classe C, essa característica teve apenas 9% das respostas. As classes D e E também indicaram apenas 9% para o tema.
Para Cavalcanti, isso acontece porque as classes mais altas também são prejudicadas pela alta carga tributária, e por isso, identificam com mais clareza este problema.

Publicado na coluna "Mercado Aberto", de Guilherme de Barros, no Caderno Dinheiro da Folha de São Paulo em 18/03/07

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